Assessoria
O deputado federal Vermelho (PL) usou a tribuna da Câmara para pedir ao Senado maior agilidade na votação do projeto 442/91 que legaliza os jogos no Brasil.
O projeto foi aprovado na Câmara em fevereiro deste ano e seguiu para o Senado.
“Nós precisamos da aprovação dos senadores para o projeto ser sancionado pelo presidente. Isso significa que, depois de 76 anos de clandestinidade, os jogos no Brasil serão legalizados e regulamentados”, afirmou Vermelho.
“A arrecadação com os jogos poderá chegar a R$ 20 bilhões, gerar emprego para mais de 700 mil pessoas e movimentar a economia”, acrescentou o parlamentar.
Vermelho fez parte do grupo de trabalho (GT) da Câmara, encarregado de atualizar o projeto. Durante os debates, o deputado defendeu que uma parcela da arrecadação seja destinada ao setor de saúde e socorrer hospitais públicos e filantrópicos que precisam honrar o piso nacional da Enfermagem.
*Hipocrisia*
A proposta aprovada na Câmara legaliza cassinos, bingos, jogo do bicho e jogos on-line, mediante licenças em caráter permanente ou por prazo determinado.
“Existem jogos clandestinos em todos os cantos do país. Não arrecadam impostos, não geram desenvolvimento e os empregos são informais. Não adianta tapar o sol com a peneira, é preciso acabar com a hipocrisia e legalizar todas as modalidades”, frisou Vermelho.
*Cassinos*
De acordo com o deputado, os cassinos poderão ser instalados em resorts como parte de complexo integrado de lazer que deverá conter locais para reuniões e eventos, restaurantes, bares e centros de compras.
Vermelho informou que em localidades classificadas como polos ou destinos turísticos, como Foz do Iguaçu, será permitida a instalação de um cassino turístico, independentemente da densidade populacional do estado em que se localizem.
“Esses cassinos turísticos terão uma grande estrutura para jogos, restaurante e anfiteatro para shows. Iremos aproveitar a excelente infraestrutura hoteleira já existente gerar mais emprego e desenvolvimento”, enfatiza Vermelho.
O parlamentar entende que um resort integrado, com cerca de 3 mil quartos, provocaria uma concorrência muito séria com a rede hoteleira atual.
“Nós acreditamos que um cassino desse porte provocaria um impacto negativo na rede local, com falências e demissões”, avalia o deputado. “Por isso defendemos um cassino turístico, aproveitando a infraestrutura hoteleira já existente”, finaliza.
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