As suspeitas foram confirmadas pelo secretário de saúde do Paraná, Beto Preto. Segundo ele, a partir da notificação da UEPG, a Secretaria Estadual de Saúde (Sesa) notificou a Polícia Civil, que começou a apurar o caso. As investigações tiveram o apoio do Ministério Público do Paraná (MP-PR) e da Vigilância Sanitária.
De acordo com a polícia, a fraude ocorreu no fornecimento de 6 mil frascos de Imunoglobulina Humana, indicada para tratamentos de leucemia, doenças autoimunes, para pacientes recém-transplantados e outras doenças.
A apuração inicial revelou que a empresa vencedora da licitação entregou frascos com o antibiótico metronidazol, indicado para o tratamento de giardíase, amebíase, tricomoníase, vaginites e outras infecções, no lugar de imunoglobulina. A Sesa está mapeando quantos pacientes tomaram a medicação errada. Em nota, a UEPG afirmou ter notificado a 3ª Regional de Saúde e devolvido os frascos, sem aplicar em nenhum paciente.
O deputado Ney Leprevost (União), coordenador da Frente Parlamentar da Medicina na Assembleia Legislativa informou que vai acompanhar com atenção o desenrolar das investigações. “A canalhice dos corruptos ultrapassou todos os limites. Existem pessoas que dependem destes medicamentos para viver. Os responsáveis por isto devem ser punidos com o mais extremo rigor da lei. Felizmente; a secretaria estadual de Saúde, a Polícia Civil, a Vigilância Sanitária e o Ministério Público do Paraná agiram de modo a evitar o pior. Vamos acompanhar com atenção o desfecho das investigações”, disse Leprevost.
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